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Quem foi Lu Xun?

Lu Xun, pseudônimo de Zhou Shuren,  é considerado o fundador da literatura moderna chinesa. Nascido em 25 de setembro de  1881 , em Shaoxing, província de Zhejiang na China. Lu Xun  era  escritor, tradutor e  um importante crítico conhecido por seus ensaios afiados e únicos sobre as tradições históricas e as condições modernas da China.

Juventude.

 Lu Xun nasceu em uma família tradicional e estimada, seu avô tinha sido um funcionário do governo em Pequim. Em 1983, no entanto, seu avô foi condenado à prisão por fraude de exame, e seu pai ficou acamado.  A reputação da família declinou, e eles foram tratados com desdém por sua comunidade e parentes. Acredita-se que essa experiência teve uma grande influência em sua escrita, que foi marcada pela sensibilidade e pessimismo. 

Lu Xun deixou sua cidade natal em 1899 e frequentou uma escola de mineração em Nanjing; lá ele desenvolveu um interesse na teoria da evolução de Darwin, que se tornou uma importante influência em seu trabalho. Intelectuais chineses da época entenderam a teoria de Darwin para encorajar a luta pela reforma social, para privilegiar o novo e o fresco sobre o velho e o tradicional.

Em 1902, Lu Xun foi para o Japão para estudar medicina. No entanto, ele logo deixou a escola para se dedicar à literatura, Ele começou a escrever para revistas radicais voltadas para estudantes chineses no Japão, Em 1909 ele publicou, com seu irmão mais novo Zhou Zuoren, uma tradução em dois volumes de histórias europeias do século XIX, na esperança de que inspirasse os leitores a revolução, mas o projeto não conseguiu atrair interesse. Desiludido, Lu Xun retornou à China no final daquele ano. 

A volta para a China .

Lu Xun  voltou para a China em 1909 para ensinar e trabalhar, e depois trabalhou como um funcionário de baixo nível do governo em Pequim. Em 1918, publicou seu primeiro conto, “Diário de um Louco”. Após o sucesso de ‘Diário de um Louco’, Lu Xun, que trabalhou meio período como professor em várias universidades de Pequim, passou a escrever as célebres coleções de contos A Call To Arms (1923) e Wandering (1926). Suas histórias incisivas, que retratavam em grande parte a vida na aldeia chinesa durante as revoltas do século XX, condenavam os costumes sociais contemporâneos e a corrupção governamental, bem como a superstição, depravação e ganância que Lu Xun viu ao seu redor.

Apesar de seu sucesso, Lu Xun continuou a lutar com sua visão cada vez mais pessimista da sociedade chinesa, que foi agravada por conflitos em sua vida pessoal e profissional. Além de problemas conjugais e pressões crescentes do governo, suas discordâncias com Zhou Zuoren (que também havia se tornado um dos principais intelectuais em Pequim) levaram a uma ruptura entre os dois irmãos em 1926. Tais condições deprimentes levaram Lu Xun a formular a ideia de que só se podia resistir às trevas sociais quando ele estava pessimista sobre a sociedade. Sua famosa frase “resistência ao desespero” é comumente considerada um conceito central de seu pensamento.

Anos em Xangai.

 Em 1927 Lu Xun foi forçado a fugir de Pequim por razões políticas e pessoais, eventualmente terminando em Xangai. Na última década de sua vida, ele parou de escrever ficção e, em vez disso, dedicou seu tempo à edição, ensino, tradução de obras russas e à escrita de ensaios satíricos. Durante os últimos anos da vida de Lu Xun, o governo proibiu a publicação da maior parte de seu trabalho, então ele publicou a maioria de seus novos artigos sob vários pseudônimos. 

O movimento comunista chinês adotou Lu Xun postumamente como o exemplar do realismo socialista. Muitas de suas obras de ficção e prosa foram incorporadas em livros escolares. Em 1951, o Museu Lu Xun foi inaugurado em Xangai; contém cartas, manuscritos, fotografias e outras lembranças. As traduções em inglês das obras de Lu Xun incluem Silent China: Selected Writings of Lu Xun (1973), Lu Hsun: Complete Poems (1988) e Diary of a Madman and Other Stories (1990).

Lu Xun estava inserido em dois contextos que marcaram os anos entre 1915 e 1927: o dos movimentos Nova Cultura e Quatro de Maio. O primeiro teve início por volta de 1915 e contou com a presença de intelectuais e artistas que buscavam atingir seus objetivos através da educação e da literatura. Acreditavam em ‘valores modernos’ contrários aos da tradição chinesa e tinham como principal meio de divulgação a revista Nova Juventude onde Lu Xun publicou seu primeiro conto. O segundo, por sua vez, teve um início mais espontâneo Foi assim, de acordo com Joseph Tao Chen, que ambos os movimentos se fundiram: O movimento Quatro de Maio ensinou aos novos intelectuais e estudantes a importância do suporte e da mobilização das massas, trazendo-os para mais perto delas do que nunca. Culturalmente, ele providenciou ao Nova Cultura uma verdadeira base nas massas. Também promoveu uma expansão adicional do Nova Cultura, eventualmente lançando dentro da China uma verdadeira nova revolução cultural com um ataque descompromissado ao tradicionalismo.

Lu Xun faleceu no dia 19 de outubro de 1936.

 

AUTORA:

Tais Padredi

Limpadora 

 

Referências :

www.britannica.com/art/essay

http://afe.easia.columbia.edu/special/china

Lu Xun – Angel Jin – Literature 114 (Spring 2014-2015) – Harvard Wiki

8 CHEN, Joseph Tao. “The May Fourth Movement Redefined”. Modern Asian Studies, Vol. 4, No . 1, Cambridge University Press, 1970, pp. 80-81. 9 Sobre o uso dos termos ‘Nova Cultura’ e ‘Quatro de Maio’, e as diversas denominações (incidente, movimento e período) para este último, ver: CHEN, Joseph Tao. “The May Fourth Movement Redefined”. Op. cit., pp. 63-81. ZHANG, Yongjin. China in the International System, 1918-20: The Middle Kingdom at the Periphery. Nova York: Palgrave Macmillan, 1991, pp. 74-78.

29 de dezembro de 2021

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