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OiChina no jornal do Brasil

O mandarim com sotaque carioca

Procura pelos cursos da língua oficial da China é um investimento profissional e cultural.

A procura por cursos de mandarim, a língua oficial da China, aumentou muito antes dos Jogos Olímpicos de Pequim no anos passado e hoje deixou de ser moda para tornar-se um investimento profissional e cultural. Com a recessão nos Estados Unidos, o Brasil tem exportado mais para a China e os olhos dos negócios tiveram que mudar sua direção.

Segundo a coordenadora do Instituito de Pesquisas e Estudos de Línguas (Ipel), da PUC-Rio, márcia Lobianco, o curso de mandarim foi criado em 2005 e atualmente é o mais procurado do instituto, chegando a competir com o francês.

Já a diretora do curso OiChina, no Centro do Rio, Liou, acredita que depois das Olimpíadas o interesse dos alunos vem aumentando e não está só no idioma, se uniu ao cotidiano dos chineses.

— Na sala de aula, os professores, que são chineses, transmitem não só a língua, mas também o conhecimento dos costumes e história da China – ressalta Liou.

O curso fez uma pesquisa neste ano sobre o motivo da procura pelo mandarim e observou que a maioria (56,4%) quer estudar para se preparar para o futuro. Segundo Liou, entre os alunos há desde empresário e militares até crianças e idosos. E nem todos pretendem viajar para a China.

O analista de sistema da Petrobras, Leandro Tavares Colodete, de 29 anos, começou a estudar mandarim em 2008, depois que um professor de comércio internacional chamou a atenção sobre a importância da língua.

— Haverá muito interesse por aqueles que dominam a língua chinesa e essa oportunidade precisa ser aproveitadas – relata Leandro.

Ainda de acordo com a pesquisa feita pelo curso OiChina, a curiosidade pela cultura chinesa vem em segundo lugar como motivo de procura pelo curso, com 21,8%. Para ela, uma das muitas belezas na língua chinesa “é sua entonação de quatro tons, o que a torna melodiosa”.

A questão do tom também foi destacada pela jornalista Claudia Trevisan, de 44 anos, que vive na China há um ano e meio. Para ela, é mais fácil aprender a fala do que escrever, mas deve-se tomar cuidado com o tom.

– O significado da palavra muda completamente dependendo do tom que você usa para falar. – diz a jornalista que veio ao Brasil lançar o seu segundo livro sobre a história da China, Os chineses.

Claudia trabalha com uma intérprete desde que chegou ao país, mas aos poucos está conseguindo se adequar a língua.

– Na primeira vez que fui à China, entre março de 2004 e março de 2005, levei um choque enorme e achava impossível aprender. Mas dessa vez superei este bloqueio e estou adorando. – acrescenta.

Segundo a chinesa Liou, um curso para iniciantes dura em torno de 18 meses e, ao término, os alunos têm conhecimento de aproximadamente 800 caracteres chineses, ou seja, estão aptos a se comunicar, ler e escrever em chinês.

No Rio, os cursos de mandarim são dados em algumas faculdades, centros culturais, cursos de idiomas e há até aulas através da internet. Porém, um dos meios mais procurados são os professores particulares.

8 de maio de 2020

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