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Os trens-bala chineses

Quem vai a Nova York, Londres ou Paris fica impressionado com o tamanho da malha metroviária dessas cidades – é muito fácil se deslocar de um ponto a outro da cidade com pontualidade e, principalmente, segurança. Podemos dizer que o mesmo acontece com a China, porém, nesse caso, quando falamos do país inteiro!

A China possui hoje, a maior malha de trens de alta velocidade do mundo, fazendo com que seja seguro e muito rápido se deslocar entre as cidades chinesas. Não sendo apenas um sistema de transporte ágil, a malha de trens de alta velocidade chinesa é também, hoje, um símbolo do poderio econômico e tecnológico do país.

 

Os trens-bala chineses

Tudo começou em 1978, quando o presidente Deng Xiaoping (1978-1992), em visita ao Japão, se encantou com os trens de alta velocidade que encontrou por lá. Voltou à China com o sonho de algum dia construir um sistema como aquele em seu país, conectando todas as regiões por meio de uma rede confiável, veloz e pontual. O sonho, no entanto, foi iniciado apenas em 1994, quando o governo orientou o início de estudos de viabilidade. A construção do primeiro trecho (entre Pequim e Tianjin) teve início em 2007 e conclusão em agosto de 2008.

Em menos de 15 anos, a malha ferroviária de alta velocidade chinesa se expandiu de forma surpreendente, cobrindo, hoje, uma extensão de mais de 38.000 km (praticamente uma volta completa na Terra!), o que a torna o maior sistema de trens de alta velocidade do planeta. Não apenas o maior, o sistema chinês é o mais utilizado também – se considerarmos apenas o trecho entre Pequim e Xangai no ano de 2019, foram aproximadamente 210 milhões de passageiros, o equivalente a toda a população do Brasil. 

O sistema, hoje, abrange todas as províncias chinesas, sendo possível viajar de Pequim a Xangai (1.318km) em aproximadamente 4 horas em trens que chegam a alcançar uma velocidade de 350km/h! A previsão do governo é de que a malha de trens de alta velocidade alcance a marca de 70.000 km até 2035.

Apesar de inicialmente a implementação ter se dado com tecnologia estrangeira – especialmente europeia e japonesa – empresas chinesas já adquiriram conhecimento para tomarem a frente desse processo. Hoje, empresas chinesas não apenas detém tecnologia de ponta, como também já a exportam para outros países. O país também já está pensando nos próximos saltos tecnológicos – a aposta para longos trajetos é nos Maglevs, trens de levitação magnética, com altíssima velocidade, que chegarão a velocidades de até 620 km/h!

 

Trens-bala no Brasil

A história é bastante diferente no Brasil. Em 2007 – mesmo ano em que a construção do primeiro trem-bala chinês teve início – o governo brasileiro deu início aos estudos de viabilidade para o primeiro trem de alta velocidade do país, que ligaria as cidades de Campinas e Rio de Janeiro, passando por São Paulo no caminho. A ideia era aproveitar os grandes eventos de 2014 (Copa do Mundo) e 2016 (Olimpíadas do Rio de Janeiro) para financiar e colocar o projeto em pé.

De acordo com o projeto, o trem de alta velocidade (TAV) brasileiro alcançaria até 350km/h – velocidade equivalente à dos trens chineses – e o trajeto Rio-São Paulo seria feito em cerca de 99 minutos. Não houve, no entanto, qualquer interessado em implementar o projeto à época.

No ano de 2019, rumores apontaram que empresas chinesas estariam interessadas em iniciar conversas com o governo brasileiro para a implementação do tão sonhado trem-bala entre Rio e São Paulo. Desde então, no entanto, o projeto não teve continuidade e não houve mais notícias acerca do empreendimento.

 

AUTOR:

João Cavaleiro

 

Referências:

https://www.statista.com/chart/17093/miles-of-high-speed-rail-track-in-operation-by-country/

https://global.chinadaily.com.cn/a/201809/26/WS5baae9c4a310c4cc775e8200.html

https://www.globaltimes.cn/page/202106/1226824.shtml

https://edition.cnn.com/travel/article/china-high-speed-rail-cmd/index.html

https://edition.cnn.com/travel/article/china-high-speed-rail-cmd/index.html

https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/trem-bala-riosao-paulo-interesse-chines-e-analisado-por-ministro-de-bolsonaro.html

 

 

19 de dezembro de 2021

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